É que amizade, por vezes, tem toda aquela coisa, sabe? De gostar em silêncio. De massagear o coração do outro sussurrando bem baixinho. De uma cumplicidade que a gente promete só abraçando, sorrindo e calando. Não chega sequer a contar pro outro, mas internamente, pra si mesmo, você diz que vai amar na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza, nos amores perdidos, no cantinho escondido da sala, chorando as desilusões e berrando as conquistas lado a lado.
Que vai, sobretudo, suportar até o fim! E a gente até dispensa as cerimônias, os votos de relacionamento eterno na frente de uma igreja lotada. Mas a gente acredita que vai ser pra sempre. E por isso é. Porque apesar de não ser escancarada, pra fora, escandalosa, tem amizade que insiste em ser verdadeira, mesmo que andem os dias, corram os meses e apressem os anos. E aí num dia desses qualquer, quando a gente decide parar pra, pelo menos uma vez, olhar pro lado e tentar descobrir em que mãos se sustentam nossas fragilidades e piores medos, o tempo nos faz perceber que mesmo em silêncio, aquele que você um dia ousou chamar de amigo nunca sumiu nem se omitiu, ele sempre esteve ali.
amo/sou seus textos
“De uma cumplicidade que a gente promete só abraçando, sorrindo e calando.”
difícil usar uma frase dessa no primeiro parágrafo e conseguir sustentá-la o texto todo. vc conseguiu (eu apelaria e deixaria pro final). o que eu mais gostei desse texto é que estruturalmente me pareceu mais solto, leve do que os outros. talvez porque o tema exija isso….
muito bom
Lindo! Lindo! Lindo!!! Elas já leram??? Parabéns pelo blog!!
Texto Maravilhoso! Espero que um dia vc escreva algo para as minhas leitoras lá no http://casandononorte.wordpress.com/
Também amaria a recíproca.
Bjs